domingo, 25 de março de 2012

Na frente, tudo na mesma...

Para já, pois na segunda-feira podemos ter um novo líder.

Na sexta-feira, pela primeira vez assisti a um jogo inteiro do Benfica para o campeonato. No final pensei para comigo: com o Benfica a jogar assim, temos tudo para ser campeões. Agora, após o empate de Paços de Ferreira e FCP a 1 golo, fico a pensar: com o Porto a jogar assim, o Braga tem tudo para ser campeão.

Contra a pública e notória incapacidade de Vítor Pereira em efectuar substituições que ajudem a melhorar o jogo da equipa, a SAD do FCP descobriu um novo e inovador método para resolver o problema: se o treinador com as opções que tinha não sabe escolher, então não se despede o treinador, despedem-se antes as "opções". Passo a explicar: com a saída de Belluschi e Guarín, o plantel do FCP ficou reduzido a 4 médios. Ora precisando um de ser substituído, como aconteceu hoje visto Defour ter sido uma autêntica nulidade, deixa de haver mais opções para substituir o veterano Lucho que, invariavelmente, fica sem "bateria" por volta dos 60 minutos. Ora, mesmo com um golo de vantagem, segurar um jogo contra uma equipa destemida como o Paços com menos 2 jogadores em campo (Kléber não conta), torna-se uma missão quase impossível. Acrescente-se a isso uma exibição espantosa do guarda-redes Cássio e a missão deixa de ser "quase" para ser mesmo impossível.

Ah pois é...É que estas medidas populistas de que o adepto gosta (ir buscar um jogador idolatrado como o Lucho) têm sempre o seu preço. Lucho passou a ser o jogador mais bem pago do plantel (recebe quase o dobro do que recebe Hulk) e como é que uma SAD falida tem capacidade para pagar um salário destes? Emprestando 2 bons jogadores...

São muitos e muitos erros para uma época só...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Viraram o último clássico ao contrário?

Pura coincidência, mas foi curioso. Este clássico, desta vez para a Taça da Liga (coisa que não interessa ao Porto, pois o objectivo é só a única competição onde estão inseridos), foi precisamente o contrário do outro. Tanto no resultado como na marcha do marcador. Primeiro, foi mais um belo jogo e cheio de golos. São, sem dúvida alguma, as duas melhores equipas portuguesas. O Benfica marcou cedo, permitiu a reviravolta do Porto e voltou a virar o jogo para ganhar 3-2. O oposto do clássico de dia 2 de Março, para a Liga Zon Sagres.

Num muito breve resumo só tenho a dizer o seguinte. O Benfica joga melhor que este Porto e nota-se que poderia estar bem melhor no campeonato também. A questão, que também se notou neste jogo e nos outros, é que o Porto tem mais garra, mais querer. O Benfica refugiasse mais na qualidade de jogo (que a tem) e espera pelo resultado, que quase sempre aparece, mas nem sempre... Ontem o Benfica entrou muito bem, marcou e mostrou que poderia até golear. Mas abrandou, houve momentos que nem a bola conseguia ter nos pés (e há melhor equipa a trocar a bola que o Benfica?). É medo! O Benfica, desculpem a expressão, caga-se todo contra o Porto, e é isso que é preciso mudar. O Porto, pelo contrário, tem raça, principalmente contra o Benfica. Virou o resultado e só aí o Benfica virou de novo e podia ter marcado ainda mais. Assim de repente, lembro-me das três bolas aos ferros praticamente seguidas. O Benfica joga muito bem, mas só quando quer. Tem de querer sempre!!!


PS - Digam o que disserem, Cardozo é Cardozo. Ponto.

Saudações Gloriosas e um abraço ao InVictas

sexta-feira, 16 de março de 2012

Isto é que foi sofrer...

Já estou farto de dar voltas à cabeça para tentar explicar as exibições do meu clube. Não sei se são os jogadores, se é o treinador, não sei...O que sei é que não jogamos NADINHA!

Para resumir o que se passou na segunda parte do jogo frente ao Nacional basta referir que o melhor em campo foi o Helton. Quem viu o jogo estará certamente de acordo comigo e quem viu o jogo com o "cachecol" do Porto foi também meu parceiro no sofrimento.

Na primeira parte o FCP nem jogou muito mal, mas esteve longe de ser uma exibição sequer razoável. O golo nasce de um lance literalmente caído do céu que Janko, com o seu instinto "matador", parecia já ter adivinhado. E assim seguiu, em banho maria, o resto da primeira parte.

Durante a segunda parte, o FCP com o orçamento mais caro de sempre da história do futebol português, foi pura e simplesmente dominado pelo Nacional, actual 8º classificado da Liga Zon-Sagres. Foi duro de ver. Humilhante mesmo, quando aos 85 minutos o FCP já só despachava a bola da sua grande-área, como se estivesse a segurar uma preciosíssima vantagem frente a um colosso do futebol. Um pequeno oásis no domínio dos madeirenses deu-se quando o Porto enviou 2 bolas ao ferro no mesmo lance: nem Rolando nem Maicon tiveram oportunidade de festejar um golo.

O manifesto exagero no tempo de compensação dado por Carlos Xistra, acabou por se virar contra ele (caso a intenção fosse prejudicar o FCP), pois foi já no 4º minuto extra de jogo que vimos o jovem Alex Sandro brilhar com um belo golo. Merecido para ele, mas terrivelmente injusto para a equipa de Pedro Caixinha, que só não saiu com um resultado mais favorável porque Helton continua a fazer a sua melhor época de sempre com a camisola do FC Porto.

Daqui a 10 minutos há Benfica-Beira Mar, jogo em que obviamente fico a torcer por um deslize encarnado...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Coração de Leão

As manifestações de entusiasmo e de ‘querer’ estão bem patentes no seio do plantel do Sporting e os media têm sido o ninho destas manifestações de euforia, coragem e atitude vencedora.

O espírito de solidariedade, sacrifício e entrega tem sido espelhado diariamente na comunicação social, que tem defendido a prestação de Ricardo Sá Pinto como fundamental na recuperação anímica do plantel.

A verdade é que desde que chegou ao comando da equipa principal, apenas o veterano Tiago ainda não tem minutos nas pernas, o que pode ser traduzido como uma tentativa de aproximação aos jogadores, paralela à ideia de que ’todos contam’.

Todos estão na expectativa em relação ao resultado de hoje; se o Sporting passa ou não. A minha convicção é cautelosa e prudente, não me deixando ser levado pela onda eufórica que tem assolado o mais recente Sportinguismo.

Daqui a minutos, quando o Sporting pisar o relvado do Etihad Stadium, com o objetivo de assegurar vaga nos quartos-de-final da Liga Europa, espero por um pequeno milagre.

Daniel Carriço, apontado ao 11 inicial de hoje, lança o embate com as seguintes palavras: "a equipa está a melhorar de jogo para jogo, não só pelos resultados mas também pela nossa qualidade de jogo, que tem vindo a melhorar imenso e espero que amanhã [hoje] seja mais um jogo que dê continuidade a isso mesmo".

Apenas com uma grande entrega e humildade será possível não sofrer golos e, se possível, meter uma bola ou outra dentro da baliza dos milionários de Manchester. A ser verdade, o Sporting continuaria a evoluir e a dar seguimento a esta era do ‘Coração de Leão’.

Espero que para a segunda mão de hoje, David esteja preparado para a enormidade de Golias e, quem sabe, lhe dê um verdadeiro rugido de Leão.

Saudações Leoninas

domingo, 11 de março de 2012

Resultado > Exibição

Eu sei que o "resultado melhor que a exibição" é uma frase cliché na análise de alguns jogos, mas a verdade foi mesmo essa, hoje, na Mata Real.

O Benfica vinha de uma boa (e moralizadora) vitória na Liga dos Campeões, mas pelos vistos isso hoje não contou para nada. Os três jogos sem vencer para a Liga Zon Sagres é que se entranharam na cabeça dos jogadores do Benfica, e pelas piores razões. Pois podiam pensar nesses três jogos como um incentivo a não se repetirem...

Bastantes modificações no 'onze' de Jorge Jesus. Garay lesionado e Emerson castigado dão lugar a Jardel e Capdevila, respectivamente, na defesa. Aimar não estava em condições e jogou assim... Saviola. Gaitán, depois de exibições menos conseguidas, vai para o banco, voltando Nolito à equipa inicial.

Gaitán entrou no segundo tempo e fez o empate num remate bem colocado.

E a primeira parte foi péssima!!! O Benfica nem começou mal e podia ter chegado à vantagem por Nolito, por Saviola e por Cardozo. Mas todos falharam e depois só deu Paços. Melgarejo (emprestado pelo Benfica aos canarinhos do Norte) está numa forma fenomenal e era uma seta apontada à baliza de Artur. Nem o incansável Maxi o conseguia acompanhar. O golo dos da casa adivinhava-se e o Benfica sofreu. Previa-se uma mudança de atitude com o golo, mas não. O jogo continuava igual e o 2-0 estava mais perto que o empate. Ainda assim, perto do intervalo, Bruno César leva um ridículo amarelo por suposta simulação num penalti escandalosamente não assinalado. O Benfica não merecia o empate, mas as faltas são para se marcar...

O segundo tempo, já com Gaitán e Nelson Oliveira e sem Nolito e Saviola em campo, o jogo mostrou-se exactamente igual ao que tinha finalizado a primeira parte. O Benfica sem ideias, lento e o Paços de Ferreira a atacar com perigo. Temeu-se o segundo golo caseiro, que poderia ter deitado a vitória por água abaixo. E Michel poderia ter bisado numa jogada fotocopiada do primeiro golo, mas atirou por cima. Ufaaaa! O Benfica, numa arrancada à Nelson Oliveira (a força e velocidade do 'tuga' começam a ganhar contornos de positivismo não só para o Glorioso bem como para a Selecção), mete a bola na área e Gaitán, oportuno, aparece a colocar junto ao poste e empatar a partida. Este golo foi o ponto de viragem. O Benfica costuma precisar de reagir para marcar, mas hoje precisou de marcar para reagir. Poderia era ser tarde demais, mas três minutos depois do empate o Benfica já estava na frente do marcador. Falta à entrada da área (daquelas que se dizem "com Cardozo é golo") e Bruno César, com classe, meteu-a lá dentro. Estava virado o resultado...

Bruno César virou o resultado, de livre, e a equipa festejou.
Até final o Benfica continuou a jogar melhor e viu outro penalti não ser assinalado, com consequente cartão amarelo (desta vez para Nelson Oliveira). O Paços teve ainda duas expulsões, completamente justas. Se da primeira não há nada a dizer, na segunda é verdade que poderia não ser vermelho directo (que foi do que se queixou o jogador) mas o amarelo colocava o Ricardo na rua na mesma, pois seria o segundo. Não só por causa de um bom Paços de Ferreira, mas também por um fraquinho Benfica, foi uma vitória muito difícil e sofrida. Mas muito valiosa, depois de ontem a Académica ter ido ao Dragão roubar dois pontos ao líder do campeonato. O campeonato está ao rubro com o Porto em primeiro e o Benfica e Braga a um ponto dos dragões...

PS - Para o ano quero ver o Melgarejo de volta à equipa!

Saudações gloriosas ;)

terça-feira, 6 de março de 2012

Está melhor... bem melhor!

A resposta está dada, mas não coloquem um ponto final, só a vírgula.


Depois de criticado nos últimos jogos (com resultados negativos), em muitos aspectos com razão, Jorge Jesus soube montar uma boa equipa que, notava-se, estava preparada para receber o Zenit. Os jogadores do Benfica sabiam claramente ao que os russos vinham e anularam por completo o adversário.

Uma primeira parte de completo controlo dos encarnados foi finalizada apenas com 1-0 no marcador. Golo de Maxi Pereira depois de grande trabalho de Witsel. Malafeev fez duas ou três defesas de grande nível, evitando um resultado mais dilatado.
No segundo tempo, temi. Temi porque Jesus "gosta" de inventar. Com os russos a precisar de marcar, o Benfica tinha de continuar a controlar, que eles iriam abrir mais a defesa. Mas o Jesus deu a bola ao Zenit e eu chamei-lhe nomes (sim, estava sozinho e parecia um maluco). No fim, dou-lhe mérito. E não foi porque correu bem. Não. A estratégia foi bem pensada. Os gajos são bons no contra-ataque e com bola criaram zero de perigo, deixando os contra-ataques para o Benfica, onde somos também bons. E estivemos sempre mais perto do 2-0 que eles do 1-1. Até que, perto do final, Nelson Oliveira mata o jogo e já não havia volta a dar, o Benfica passa aos quartos-de-final da Champions!!!


Já não tenho palavras para descrever Witsel, o belga é um poço de força e talento. Que jogador! Luisão errou alguma vez hoje? Um senhor... Foram os dois melhores do Benfica. Bruno César fez também um belo jogo, muito esforçado na ajuda à defesa e a atacar sempre com objectividade. Javi deu a normal segurança à equipa, mesmo com um amarelo aos 15 minutos. Emerson deve ter feito o melhor jogo de águia ao peito (também merece que digam bem dele, só é pena ser raro). Cardozo não marcou, mas saiu esgotado, foi muito importante tacticamente na pressão à saída da bola. E Maxi, bem, Maxi marcou, correu, cortou bolas, correu, enfim, o homem não pára? Incrível.

Ah, e excelentes os adeptos.

Resta esperar pelo sorteio. Queria o vencedor do Lyon vs APOEL ou do Marselha vs Inter. Mas se for outro, será como disse Jesus, "teremos uma palavra a dizer".

E agora é voltar às vitórias no campeonato... Carrega Benfica!

sábado, 3 de março de 2012

Grande Jogo


Antes de mais e apesar de tudo, acho que o jogo de ontem foi uma óptima publicidade ao futebol português: bem jogado; incerteza constante no resultado; golos bonitos; os jogadores portaram-se bem (não vi nenhuma agressão violenta); até os habituais confrontos entre adeptos estiveram ausentes; e ainda mais incrível, no final do jogo, tanto o Presidente do FCP como do SLB começaram as suas declarações realçando o excelente espectáculo a que se tinha assistido e a qualidade demonstrada por ambas as equipas.

Posto isto, vamos directos ao ponto mais sensível: o Benfica foi sem dúvida prejudicado. Lembro-me de várias situações que considero terem sido mal ajuizadas:

- o primeiro amarelo a Emerson é no mínimo discutível;
- o Djalma viu-lhe o segundo amarelo e consequente expulsão ser-lhe perdoada no início da segunda parte;
- quanto à falta para o segundo golo do Benfica, considero um lance muito difícil de ajuizar...é verdade que Djalma toca na bola, mas mesmo assim impede ostensivamente a progressão do jogador do Benfica;
- a bola na mão de Maicon é precedida de bola na mão de Nolito;
- penalty por assinalar por mão de Cardozo;
- Janko fez 3 ou 4 vezes a mesma falta e não viu nenhum amarelo;
- expulsão perdoada a Maxi Pereira no último segundo do jogo.

Apesar de todos estes casos, nenhum deles é tão grave como um golo mal validado ou mal invalidado, pois essas são as únicas situações que objectivamente têm influência no resultado. Um penalty tanto pode dar golo como não dar, uma expulsão pode não ter necessariamente influência no desenrolar da partida, agora um golo mal validado é objectivamente um erro grave. E ainda mais grave é quando nasce de um erro tão clamoroso como o de ontem.

Confesso que tenho uma enorma dificuldade em perceber como é que o árbitro auxiliar não vê que Maicon e Otamendi estão em posição irregular. Trata-se de um lance de bola parada em que o árbitro não precisa de olhar para o jogador que vai cobrar o livre, ele pode ter os olhos postos no último defesa do Benfica e ouvir quando é que a bola é rematada. Não acredito que o erro tenha sido premeditado, o que é ainda mais chocante, pois é inadmissível a falta de competência deste assistente que irá estar presente no Euro 2012.

Por tudo o que se viu durante o jogo, o empate teria sido o resultado mais justo. No entanto considero que Vítor Pereira foi mais ambicioso que Jorge Jesus: a entrada do James por si só seria relativamente normal (e que grande jogo que este jovem prodígio voltou a fazer), mas a saída de Rolando é que mostrou uma coragem até agora nunca vista no técnico portista. Substituição acertada como o desenrolar da partida veio a mostrar. Também a gestão de esforço dos jogadores de Vítor Pereira terá sido mais acertada que a de Jorge Jesus: este último optou por colocar Garay mesmo sabendo que ele vinha "tocado" da selecção. O joelho do argentino acabou por ceder obrigando Jesus a substituí-lo; já Vítor Pereira, adivinhando que seria a fase final do jogo a decidir tudo, poupou o seu trunfo na primeira parte (James Rodriguez) para o poder lançar na recta final da partida.

A equipa do FCP esteve no geral toda relativamente bem, destacaria James e Fernando comos os melhores. Djalma terá sido porventura o elemento mais apagado.
Quanto ao Benfica, foi mais uma grande exibição de Cardozo e mais uma bem apagada de Gaitan.

Nada está decidido nas contas pelo título, evidentemente, havendo ainda 27 pontos em disputa.