
Sábado, foi um daqueles dias em que na mesma mesa conviveram a gargalhada trocista e o sorriso satisfeito do Eusébio e o olhar mais analítico e cabisbaixo do Jubas.
Após feitas todas as análises, ataques e contra-ataques da massa crítica, vamos debruçar-nos um pouco sobre aquele que foi o clássico do último fim-de-semana.
Lamentavelmente, a eficácia do Sporting não acompanhou o apuro do molho da Francesinha. Devo deixar uma ressalva à atitude da turma de Alvalade e uma nota de especial apreço aos adeptos que nunca deixaram de gritar pela sua equipa, - no entanto, quero deixar público que reprovo o comportamento negligente de vandalizar o estádio do adversário; são coisas que já não deveriam acontecer no futebol ocidental, têm que ver com falta de civismo e demonstram uma manifesta falta de saber-estar.
A meu ver, a ‘jaula’, como lhe chamam, poderia e deveria ter sido ignorada e não lhe deveriam ter dado a visibilidade que esse assunto não merece; - mas enfim, uma simples rede é transformada em caso e depois alvo de actos negligentes por parte de uma massa adepta que até tinha razões de queixa em relação à recepção e tratamento dados por parte da organização do jogo já que, pelo que se viu, muitos foram os adeptos com entrada concedida no recinto já depois de o jogo ter começado.
Mas vá, chega de ‘filmes’, vamos ao jogo.
Considero termos assistido a um bom espectáculo, um jogo interessante, bastante táctico mas sem perder em emoção, pois estamos a falar de um dérbi. O Sporting podia ter feito bem melhor, mas não foi eficaz e foi o Benfica quem saiu de sorriso nos lábios.
O Benfica apareceu igual a si mesmo. Embora sem a contribuição do seu timoneiro, Jesus aborreceu muitos adeptos ao preterir Miguel Vítor a favor de Jardel…ouvi comentários de que o Benfica já tinha começado a perder o jogo, mas não foi assim.
O Benfica marcou num momento chave do jogo. Aproximava-se o final da 1ª parte e todos sabemos o que faz um golo no enfiamento do intervalo; enche o peito a 11 e deixa a cabeça de outros 11 à roda. Nesse momento, mesmo com Jardel em campo, o Benfica começou a ganhar o jogo.
Foi um jogo muito disputado, com a diferença a ser encontrada num lance de bola parada. Um lance deu em golo e outro acabou por ir à barra, - que bilhete de Gaitán! Só joga bem quando o Ferguson não o está a ver!
O Sporting bem cheirou a baliza de Artur Moraes, mas não concretizou. O empate seria o mais acertado, mas faltou o golo.
O Benfica mudou alguns jogadores, como foi o caso de Cardozo. Com isso, ganhou mais estatura e menos um jogador após a expulsão rigorosa de Capela. Era evitável, mas desde cedo se viu que o árbitro iria controlar o jogo à base dos cartões exibidos. Com o critério fechado que adoptou, tinha de ser…
A entrada de Carriço foi estratégica, diz Domingos...mas ainda estou a pensar em que é que ele é melhor que Martins. É que tenho as minhas dúvidas…até para defesa-central. Todavia, o Sporting mostrou que vai a todos os jogos para ganhar, de igual para igual. Mostrou estrutura e mentalidade.
O Benfica sai de parabéns deste fim-de-semana, souberam sofrer e aguentar depois do esforço continuado pós-Manchester.
Um clássico é sempre um clássico, mas o Sporting saiu de cabeça erguida e consciente de que ainda há muito campeonato para ser jogado, - nada está decidido!
De ressalvar a minha alegria do serão...
O Real espetou 4 batatas aos eternos rivais da cidade e dilatou a diferença para 6 pontos em relação ao Barcelona! O menino ‘bom, bonito e rico’ marcou 2 de penalti e aumentou a diferença de golos para a ‘pulga’, que saiu com umas trombinhas à ‘Mário Soares’ do recinto do Getafe – embrulha! Um mimo! J
Pelo menos, a Francesinha soube-me um bocadinho melhor. Obrigado CR7.