Das boas dores de cabeça e das mãos endiabradas que não se seguram

Ontem vim cá projectar e desejar uma ‘Alvalade’ ainda mais feliz.

Hoje, estou com um enorme sorriso nos lábios.

Em noite europeia, as cores misturam-se e deixam-se os clubismos de parte, daí acreditar que todos gostámos da prestação da turma verde e branca ontem à noite. Jogou-se um futebol agradável, trocou-se bem a bola, não houveram grandes devaneios e vi jogar-se ao primeiro toque. Bonito.

Mas mais bonitas, são as dores de cabeça de Domingos, - boas, diga-se!

Órfão de Elias, Ínsua e de uma dupla de centrais ‘resgatada’ do passado, suspeitava-se acerca da credibilidade dos ‘remendos’ e falava-se em tons ‘vamos ver’…

Ora, suspeitas infundadas, de resto. Evaldo, apesar da contínua humildade, atacou a oportunidade dada pelo Argentino castigado e mostrou garra, afiou os dentes e deu corda aos ‘vitorinos’. Atrás, não comprometeu, mas foi nas subidas e no apoio dado, à custa de um imenso pulmão, que, na minha opinião, se destacou. Esteve em todas. E, numa jogada a lembrar serões de videojogos, culminou uma arrancada esclarecida de um chileno revigorado e esteve no sítio certo para empurrar a bola para o fundo da baliza, num golo com reminiscências ao ProEvolution Soccer.

Matías, que bem que soube ver-te a pautar jogo, a descobrir linhas de passe, a fazer jogar, a inventar fintas de corpo e a avançar mais, sem mostras de ansiedade e com garantias de sangue frio. Assim, vais ter mais minutos…assim, temos mais Sporting.

São estas as principais ‘dores de cabeça’ de DP, que substituiu o receio de não ter Elias e Ínsua pela certeza de duas alternativas que jogam e fazem jogar. Já para não falar no centro da defesa, que fez esquecer o gigante e El mudo.

No que toca às diabruras, João Pereira deu uma mãozinha! J

No regresso aos palcos Portugueses, o agora capitão do Vaslui não aguentou muito tempo em campo. Wesley tinha pela frente um dos defesas-direitos mais temperamentais do panorama actual do futebol Português. Ainda aguentou cerca de 35 minutos, mas não aguentou uma quezília rotineira, natural do jogo…e usou a cabeça não para marcar golo, mas sim a sua triste expulsão. Perdeu as estribeiras e deixou a sua equipa reduzida a 10 elementos. Boa João! Desta vez, para além de jogares, ainda facilitaste a vida à equipa!!

Ainda tivemos tempo para ovacionar um Capel cada vez mais fantástico e dar as boas-vindas a um talento, André Martins, que se confessou um pouco ansioso no momento da sua entrada, embora isso não tenha afectado o seu rendimento debutante. E não esquecer o míssil de Schaars, azedo por não ter sido golo, mas que lascou a tinta daquele poste acabado de colocar.

Ontem, os tubarões voltaram a comprar bilhetes para assistir aos leões. Tivemos United, City, WBA e Hannover na bancada. Motivados não só pelo início promissor de Ricky Wolfswinkel, como por toda uma equipa que já está a ser badalada pelo ‘velho continente’ fora.

Estamos nos 16 avos-de-final da Liga Europa. Com tranquilidade, poderá agora ser feita uma gestão do esforço da rapaziada, permitindo, desta forma que se apresentem frescos nos demais compromissos que se avizinham. Estamos bem…

Domingos tem é uma nova meta. Ultrapassada a de Carvalhal, com o périplo de 7 vitórias consecutivas, aparece agora a marca de Bento em 05/06, - 10 triunfos consecutivos!
Na próxima segunda-feira, ante o Gil Vicente, caso ganhe, Paciência ficará a um pequeno passo de igualar um recorde cimentado há seis anos na história recente do Sporting – será contra o Feirense, no nono encontro da Liga Zon Sagres.

Carrega Sporting!!